Fernando Távora costumava dizer que um projecto de arquitectura se faz no terreno, não no estirador.
Planos, estudos, esboços são essenciais, claro.
Mas não valerão de muito se imutáveis.
Serão empecilhos, se ultrapassados pela realidade.
Queirós não conheceu o mestre Távora. Não ouviu as suas palavras.
Planeou o jogo de Espanha no estirador.
E seguiu o seu plano. Cegamente.
Não entendeu o terreno e substituiu Hugo Almeida. Tal como tinha idealizado.
A realidade Espanhola engoliu então o sonho Português.
Começou aí o calvário da selecção.
Os mais deprimentes 20 minutos deste mundial.
Nesse dia de São Pedro saímos sem honra. Nem glória.
Mas saímos com a certeza de que há ali uma pedra que pode ser aproveitada.
Que sobre ela se edifique uma boa equipa.
No terreno. Não no estirador.
lanchonete 
Bela foto! Seus textos sempre me surpreendem: hoje você começou na arquitetura, de repente ói você no futebol! Acho o máximo.
bjk
Obrigado, Mônica.
Vindo de uma “blogueira” como você, é elogio enorme!
Futebol é um espelho da vida. Dá para falar de qualquer coisa, falando de futebol. Descobri-o com as crónicas magníficas do Joel Neto. E foi esse um dos motivos para o nascimento do “lanchonete”…
E arquitectura é outra de minhas paixões. A foto é de um mural do Siza Vieira, outro grande arquitecto do Porto, “seguidor” do Távora.
É bom poder cruzar paixões…
Bjs
Lá venho eu meter a colher…. ehehe.
Cá para mim o Queiroz não conhece o Método científico – porque se assim fosse teria percebido que temos que aprender com os erros, para podermos prosseguir num caminho mais correcto que nos conduza aos nossos objectivos. Lá está – falta ciência ao futebol !
Eu, que também gosto muito de arquitectura,diria que siza não é menos “seguidor” de Távora, que é de Niemeyer, senão vejamos a pala do pavilhão de Portugal na Expo – para quem já viu Brasília – vá! lembra qualquer coisa…
Abraço
P.S. Espero ver-te um dia destes na tua terra