Norte

Sempre foi o meu Norte, o Cabeço da Neve, sempre reinou, absoluto, nesse meu Caramulo. Apesar de, ali ao lado, o Caramulinho espreitar altivo dos seus mais de 1000m, da. Apesar de ser o Caramulinho, com a sua inconfundível forma de cesto poceiro, que os olhos desesperados procuram quando, em terras beijadas pelo Mar de Aveiro, buscam o conforto de casa. Mas uma vez lá, nas Paredes do Guardão é ele, é o Cabeço da Neve que me serve de referência, que me serve de guarda, que me acolhe generosamente no seu regaço. É ele que me dá esse Norte que, não sendo o geográfico é o que realmente me guia…