(Covadonga, Fevereiro de 2012)
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Começou bem, a semana, com o melhor Benfica de que me lembro, reduzindo, numa primeira parte asfixiante, o Guimarães de Machado a uma insignificância. Com Sidnei remeter o resto da memória de David Luiz para Londres, com Aimar a justificar o porquê de ser um dos meus “10” favoritos, com Martins a colocar aquela bola dentro da baliza de Nilson, fazendo Rui Patrício tremer. Tudo isto em dia de aniversário de Luisão, brindado com um jogo de sonho, saudado pelos 55000 presentes na Luz. Mas, contra o que seria de esperar, não foi esse o ponto alto da semana futebolística, esse veio três dias depois com o Arsenal-Barcelona. Não o jogo, em si, mas pelo prazer de vê-lo a dois, com a Luisa. Há jogos assim, que não são de ver a sós, porque Villa não é de se odiar sozinho, porque o golo de Van Persie merecia mais do que uma garganta, porque a certeza de que Arshavin daria a volta é de ser partilhada. Futebol é jogo de equipa. Vê-lo também deve ser. Amornou a semana, com a chegada do Estugarda à Luz, mas na verdade, entre o jogo de Domingo e o da próxima segunda-feira, não esperava muito melhor. Mas o ponto triste chegou hoje, com o esperado mas sempre adiado fim da linha para Mantorras. Pedro Mantorras a quem o azar roubou uma grande carreira, mas a quem a fatalidade não beliscou a aura de mito que goza até hoje na Luz. Pedro Mantorras tem a minha admiração eterna. Devo-lhe isso, devemos todos os Benfiquistas. Ofereçamos-lhe, pois, uma vitória sobre o Sporting, na próxima segunda-feira. Mas dediquemos-lhe uma grande exibição. Eu cá estarei para me deleitar com esse jogo, para odiar Maniche e para venerar Saviola. Eu e a Luisa.